A Psico-Oncologia trata dos aspectos emocionais dos pacientes com câncer. O seu principal objetivo é buscar a melhor forma de intervenção para reduzir o sofrimento do paciente durante o processo do adoecimento.
Na década de 1970, com a psiquiatra Jimmie Holland, no Memorial Sloan-Kettering Cancer Center em Nova Iorque. Ela criou um serviço de atendimento, pesquisa e treinamento para investigar os aspectos emocionais envolvidos no processo de doença e tratamento do câncer e avaliar sua interferência na vida do paciente.
O primeiro Encontro Brasileiro de Psico-Oncologia foi realizado em Curitiba, em 1989. Desde então, observou-se grande interesse dos profissionais pela área. E em 1994 foi fundada a Sociedade Brasileira de Psico-Oncologia.
O trabalho de um psicólogo em um ambulatório oncológico visa oferecer suporte emocional para que o paciente possa expressar seu sofrimento, compreender as dificuldades do momento vivido, perceber as situações que lhe mobilizam emocionalmente e instrumentalizá-lo para lidar da melhor maneira possível com as alterações e limitações impostas pela doença e pelos tratamentos.
Geralmente quando notamos certa dificuldade de adaptação e adesão aos tratamentos propostos e quando ocorrem sintomas depressivos e ansiosos.
Sem dúvida. A experiência do câncer é geralmente desafiadora, independentemente do local, da extensão, do prognóstico e dos resultados dos tratamentos. Todas essas transformações na rotina do paciente podem contribuir para o desequilíbrio psicológico dele e desencadear diversas reações emocionais. Por essas razões, o tratamento psicológico presta inestimável ajuda no enfrentamento do tratamento oncológico. A presença do psicólogo nos serviços de oncologia é obrigatória por lei (de acordo com a Portaria nº 3.535 do Ministério da Saúde).
Normal é, mas depende da intensidade e da duração desses sentimentos. Se esses ficarem muito intensos, ao ponto de interferirem no funcionamento do paciente e na adesão ao tratamento, é importantíssimo buscar ajuda especializada.
Sim. Uma questão muito discutida é a queda do cabelo decorrente da quimioterapia e de como esse efeito colateral expõe socialmente o paciente. Outra questão muito comum é a dificuldade em lidar com a rotina que os tratamentos impõem e as mudanças que ocorrem no dia a dia do paciente e de seus familiares.
A melhor adaptação ao tratamento e à doença, bem como a oportunidade de expressar seus sentimentos em relação ao adoecimento nesse momento delicado de sua vida.
No Oncologia Americas, em princípio, atendemos os familiares no Grupo de Apoio Emocional para Familiares, coordenado por uma psicóloga da clínica. Ele acontece uma vez por mês, nas unidades da Barra e de Botafogo e é aberto a todos os familiares de pacientes do Oncologia Americas. É um espaço exclusivo do familiar, onde ele tem a liberdade de se expressar e dividir com outros familiares como é acompanhar uma pessoa com câncer. No grupo, eles têm a oportunidade de compartilhar experiências e perceber que não estão sozinhos nessa fase que muitas vezes se torna desgastante do ponto de vista físico e emocional.
O psicólogo trabalha juntamente com a equipe multidisciplinar. Seu papel é avaliar o estado mental e emocional do paciente e principalmente orientá-lo a respeito de questões comportamentais na cessação do tabaco, já que o hábito de fumar é muito arraigado na personalidade dos fumantes.
É função do psico-oncologista dar apoio emocional aos profissionais de saúde que lidam com o paciente oncológico. Hoje, no Oncologia Americas, tal apoio acontece informalmente, uma vez que estamos disponíveis a escutar e a ajudar nossos colegas de trabalho. Todavia, não ocorre, por enquanto, nenhum trabalho estruturado e sistematizado com os profissionais.
O psico-oncologista pode abordar o paciente e sua família, tanto individualmente como em grupo, dependendo de alguns aspectos clínicos e institucionais.